A fábula está presente em nosso meio há muito tempo e, desde então, é utilizada com fins educacionais. Muitos provérbios populares vieram da moral contida nesta narrativa alegórica, como por exemplo: “A pressa é inimiga da perfeição” em “A lebre e a tartaruga” e “Um amigo na hora da necessidade é um amigo de verdade” em “A cigarra e as formigas”.
Portanto, sempre que redigir uma fábula lembre-se de ter um ensinamento em mente. Além disso, o diálogo deve estar presente, uma vez que trata-se de uma narrativa.
Por ser exposta também oralmente, a fábula apresenta diversas versões de uma mesma história e, por este motivo, dá-se ênfase em um princípio ou outro, dependendo da intenção do escritor ou interlocutor.
É um gênero textual muito versátil, pois permite diversas situações e maneiras de se explorar um assunto. É interessante, principalmente para as crianças, pois permite que elas sejam instruídas dentro de preceitos morais sem que percebam.
E outra motivação que o escritor pode ter ao escolher a fábula na aula, no vestibular ou em um concurso que tenha essa modalidade de escrita como opção é que é divertida de se escrever. Pode-se utilizar da ironia, da sátira, da emoção, etc. Lembrando-se sempre de escolher personagens inanimados e/ou animais e uma moral que norteará todo o enredo.
Fonte: http://www.mundoeducacao.com.br/redacao/fabula.htm
Uma contra duas
Era uma vez em um bosque de animais peçonhentos, duas cobras (sucuris) que reinavam ali. Muitos animais não gostavam do jeito das cobras, mas também não as contrariavam.
Numa tarde a sucuri fêmea Aretuza e a sucuri macho Bazilisco estavam conversando, quando foi interrompidas:
- Bazilisco, temos que colocar aquelas Jararacas nos seus devidos lugares.
- Vamos Aretuza, até o ninho delas, vou mostrar quem é que manda.
- Perai! Quem vocês pensam que são? Uma cobrinha (naja) interrompeu os planos das sucuris.
- Rá Rá. As sucuris zombaram do atrevimento de Sureca.
- Olha só Bazelisco a pequena venenosa, querendo se exaltar.
- Não estou querendo nada. Só não sei o porque de vocês se acharem tanto.
- Se achamos, porque não á nenhuma cobra neste bosque paria para nós duas.
- Então vamos ver, quero disputar com vocês uma luta, quem perder sai do bosque.
- Há Há. Mais zombamentos, mesmo assim as cobras toparam.
A primeira á atacar foi Aretuza, Sureca desviou do ataque e lhe deu uma mordida em seu rabo, que a imobilizou.
Não percebendo a ação de Bazelisco, Sureca foi sufocada pela força da sucuri. Mas por uma distração do Bazelisco, Sureca o mordeu no seu pescoço, assim o deixando imobilizado pelo veneno também.
Sureca não acreditava que havia ganhado a disputa com as grandes sucuris. O bosque ficou em paz desde então, nunca mais se ouviu falar das suas sucuris.
Moral: Nunca subestime seus inimigos, mesmo que eles aparentem ser mais fracos que você. E não se ache demais, porque um dia você encontra alguém que tem algo á mais que você.
(esta foi a fábula, que eu criei)
